Letters in Store

Tuesday, November 22, 2005

Ele há dias.....

Um corpo visionei na paragem, na estação, na rua, no banco de jardim...era eu....eras tu, era a certeza da vida que passa por nós.

Ele há dias em que se julga Verão
maduro na hora do silêncio
da voz que insiste em mordê-lo.
Calou-se o barco das suas viagens
e na monotonia do relógio
o Chiado não tem encanto, nem vida.
Foi-se o tempo da chuva tão simplesmente
quanto tivesse sido rezada em vigília sem fé.
E a meia-idade chegou tal como a agenda previra…


in Corpo Ausente

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