VIDERE
Não queria olhar. Preferia estar absorto, noutro lugar, inerte para este mundo. Não me apetecia sentar naquele lugar (com tanto sítio que havia) e fiquei arrependido. Levantar-me seria sinal de fraqueza. Ficar, sinal da minha presença.
Indesejados os dois, os nossos corpos encontraram-se naquele lugar. Não me apetecia, entediava-me o presente, apenas pretendia terminar a refeição.
Era algo familiar aquele corpo, aquela cara, aquelas curvas e contornos. Mas não sabia situar. Calmamente almoçava e o olhar cruzava-se ocasionalmente...havia algo desconhecido naquele reconhecimento estranho. Um onde, um porquê, um quando. E a constante questão: "Onde é que eu já te vi?"
Levantou-se e seguiu o seu caminho. Minutos mais tarde seria a minha vez. Caminhos opostos seguimos, e não nos arrependemos. Não houve carta, telefone,sms ou mesmo, pasme-se, walki-talki ou pombo-correio. Seríamos para sempre dois desconhecidos, transeuntes de tantas vidas que este mundo conta.
Mais tarde, à noite, lembrei-me daquele olhar...foi no dia em que conheci alguém, um corpo. Pensei conhecer a figura diante de mim, mas votou-se ao silêncio e indiferença. O olhar mudara, o sorriso perdera o lugar e a voz o sentimento.
Indiferença. Como desprezo. Lembras-te? Eu recordo aquele dia e hora. Mas é melhor esquecer...enquanto há tempo.

Indesejados os dois, os nossos corpos encontraram-se naquele lugar. Não me apetecia, entediava-me o presente, apenas pretendia terminar a refeição.
Era algo familiar aquele corpo, aquela cara, aquelas curvas e contornos. Mas não sabia situar. Calmamente almoçava e o olhar cruzava-se ocasionalmente...havia algo desconhecido naquele reconhecimento estranho. Um onde, um porquê, um quando. E a constante questão: "Onde é que eu já te vi?"
Levantou-se e seguiu o seu caminho. Minutos mais tarde seria a minha vez. Caminhos opostos seguimos, e não nos arrependemos. Não houve carta, telefone,sms ou mesmo, pasme-se, walki-talki ou pombo-correio. Seríamos para sempre dois desconhecidos, transeuntes de tantas vidas que este mundo conta.
Mais tarde, à noite, lembrei-me daquele olhar...foi no dia em que conheci alguém, um corpo. Pensei conhecer a figura diante de mim, mas votou-se ao silêncio e indiferença. O olhar mudara, o sorriso perdera o lugar e a voz o sentimento.
Indiferença. Como desprezo. Lembras-te? Eu recordo aquele dia e hora. Mas é melhor esquecer...enquanto há tempo.
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