
Se(m)-ti -do
São pulsações fortes naquela janela, pensamentos caóticos nas nuvens embaciadas de lembranças de outras tardes, e outros cafés.
Estava só naquele cigarro que fumava com o prazer de uma inconsciência e mortalidade anunciada. Sabia que morria num dia de Verão, desejara-o, mas temia que seria durante o Inverno da sua vida, prisioneiro das rugas e maleitas da novela que criara.
Era um jovem, este velho anunciado, e estas linhas escreveu em jeito de elegia. Apagara-as, supunha, mas aqui as reproduzo, pois que esse jovem sou eu, somos nós, é o mundo.
4 Comments:
Gostei muito. É bem sentido! Continua sempre assim, amigo.
bjs
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Anonymous, at 6:16 AM
Muitas vezes a juventude é velha. Pergunto-me se será a velhice dessas juventudes jovem? Há que acreditar que o "depois" é sempre bom ou bem melhor. E ele é.
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Catarina, at 1:46 AM
Estas palavras já as tinha visto manuscritas, mas assim publicadas ganham mais força. Continua :)
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Liliana Ponces, at 6:17 AM
... a saudade das palavras... um refúgio sem dúvida.
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Unknown, at 12:40 PM
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